Vítor nos transporta não para o outro lado do mundo, mas para o outro lado do tempo. (...) Ele plasma em versos a espera pelo destino. Generosamente coloca-nos a ler o que não conseguimos decifrar.
"Por coincidência, sempre fui eu minha maior estação.
Nunca foram as estações.
Sempre fui eu."
Como um livre pensador da arte de sentir, ele nos convida a percorrer os recônditos das emoções humanas em suas múltiplas dimensões a ponto de se perceber que "liberdade é fazer o que se teme".
O fluir das suas palavras adentra os espaços e a profundidade do existir, com seu elenco de dúvidas e busca por respostas, capturando ao mesmo tempo a complexidade da própria realidade que envolve a busca por si mesmo.
A sua vertente poética foca sobre os desafios do viver e a dor presente transformada em superação pela força da autoconsciência. Nesse sentido, da sua poesia verte, até nós, um decifrar de algo que sentimos preenchido por sua potência de reflexão que encara as difíceis mudanças que vão além daquela forma que conforta. Desse modo, sua escrita filosófica é capaz de abordar temas candentes da contemporaneidade permitindo enxergar a beleza da transcendência humana de saber "renascer das cinzas".